+ 55 31 991649120
contato@braininbusiness.com.br

Uso da FACS (Facial Action Coding System) na identificação da Dor- Parte I

Neurociência para Negócios

Uso da FACS (Facial Action Coding System) na identificação da Dor- Parte I

A Avaliação da dor é essencial para fornecer o atendimento adequado ao paciente e avaliar a eficácia do tratamento em ambientes clínicos. O autorrelato do paciente é comumente usado como o “padrão ouro” para relatar a dor por meio de ferramentas manuais de mensuração da dor, incluindo a escala numérica verbal (NNS) e a escala visual analógica (VAS). No entanto, a sensação humana e o julgamento da dor são subjetivos e o relato da escala pode variar significativamente entre os indivíduos.

A observação do uso da expressão facial, como um importante indicador comportamental da dor, foi identificada como uma modalidade importante para avaliar a dor, especialmente quando a capacidade cognitiva do paciente em informar dor está comprometida.

A literatura tem demonstrado que a codificação detalhada da atividade facial pode fornecer um mecanismo para a compreensão dos parâmetros da dor diferente daqueles utilizados por meio do auto-relato. Isto porque o  FACS fornece uma descrição objetiva de expressões faciais com 30 unidades de ação ( AU), com base nas mudanças únicas produzidas pelos movimentos musculares.

Vários estudos usando FACS (Facial Action Coding System) realizados por Prkachin et al identificam seis unidades de ação associadas à dor: abaixamento da sobrancelha (AU4), cheekraising / lid-tightening (AU6 / 7), rugas e aumento do lábio superior (AU9 e AU10) e fechamento ocular (AU43).

A partir desta descrição os autores desenvolveram uma métrica para a medição da dor – Prkachin and Solomon Pain Intensity –  (PSPI) com base nessa observação, que é uma escala de 16 níveis baseada na contribuição da intensidade individual de AUs relacionadas à dor e é definida como:

Dor = AU4 + max (AU6, AU7) + max (AU9, AU10) + AU43

Dor = AU4 + max (AU6, AU7) + max (AU9, AU10) + AU43

Assim, portanto, é possível identificar quando a dor é verdadeira bem como quando é artificialmente exagerada ou até mesmo simulada pelo paciente.

Se quiser saber mais sobre a expressão facial da dor participe de nosso curso. Clique aqui e saiba mais.

Referências:

Abu-Saad HH. Challenge of pain in the cognitively impaired. Lancet, 2(356):1867–1868, 2000.

Craig, Kenneth D. Ontogenetic and cultural influences on the expression of pain in man. In Pain and society, pages 37–52. Verlag Chemie Weinheim, 1980.

Craig, Kenneth D. The facial expression of pain better than a thousand words? APS Journal, 1(3):153–162, 1992.

Prkachin ,Kenneth M and Solomon, Patricia E Solomon. The structure, reliability and validity of pain expression: Evidence from patients with shoulder pain. Pain, 139(2):267–274, 2008.

Tags: , , , ,

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *